De acordo com uma estimativa do Portal Painel Logístico, centros de distribuição com automação de classificação (como sorters) conseguem aumentar em até 400% sua capacidade de separação de pedidos. Contudo, nem tudo é perfeito, sem a devida integração entre os sorters e os sistemas logísticos (como TMS, ERP e WMS), essa eficiência pode virar um gargalo operacional. Com isso a operação pode ter falhas de rastreamento, atrasos de expedição e até perdas financeiras em larga escala.
Essa contradição revela uma dor silenciosa enfrentada por grandes operações de e-commerce no Brasil: o investimento em tecnologia física (como esteiras e sorters) não se converte automaticamente em performance — a não ser que esteja ancorado por integrações robustas e bem orquestradas.
O que são sorters e por que sua integração é crítica?
Sorters são sistemas automáticos responsáveis por classificar, separar e direcionar pedidos para os canais corretos dentro de um centro de distribuição. Eles substituem o trabalho manual de picking e roteamento por mecanismos de alta velocidade, capazes de processar milhares de volumes por hora com base em informações recebidas dos sistemas da empresa.
No entanto, como explica o artigo da Tecnologística, o sucesso desse sistema depende de sua integração com outros softwares logísticos. O sorter precisa estar conectado a uma cadeia digital integrada que alimente, em tempo real, os dados de pedidos, destinos, prazos e prioridades. Sem isso, a automação física opera às cegas — e o ganho prometido pela tecnologia se perde em desalinhamentos internos.
Como funciona a integração de sorters na prática?
A integração de sorters envolve conectar esse sistema físico aos softwares centrais da operação: ERP (gestão), WMS (estoque), TMS (frete) e, em muitos casos, às plataformas de e-commerce, como VTEX, Shopify ou Wake. Cada pedido captado no e-commerce precisa seguir um fluxo orquestrado: entrada no ERP, movimentação no WMS, separação via sorter, e despacho coordenado pelo TMS. Tudo isso em tempo real.
Segundo a SupplyChain247, essa orquestração só funciona quando há APIs confiáveis, eventos bem mapeados e middleware, como o iPaaS do Iota.hub, conectando os elos da cadeia. A falta de integração é justamente o ponto em que empresas perdem visibilidade, repetem processos ou enfrentam falhas críticas.
Os erros mais comuns na integração de sorters
1. Falta de sincronização com o ERP
Sem dados atualizados sobre status de pedidos, o sorter pode enviar volumes errados para canais errados, gerando retrabalho e prejuízo.
2. Integração parcial com o WMS
A ausência de sincronia entre o sorter e o sistema de estoque pode gerar conflitos sobre localização, reserva e expedição dos produtos.
3. Dados de frete desatualizados no TMS
Sorters que operam com tabelas de frete defasadas ou regras manuais incorrem em problemas com cálculo de rota, SLA e rastreamento.
Conclusão: a automação começa na integração
Empresas que apostam em tecnologias como sorters precisam entender que a verdadeira eficiência logística não está no equipamento em si, mas na sua integração inteligente com o restante da operação. Com APIs bem implementadas, eventos mapeados e sistemas conversando em tempo real, a automação deixa de ser só promessa — e passa a entregar performance concreta.
Se você está em fase de crescimento, reestruturação logística ou implementação de novos sistemas, considere que a integração de sorters pode ser o diferencial entre uma operação lenta e uma altamente escalável.